Bolsonaro decreta fim do Horário de Verão

Entenda mais sobre a medida tomada pelo governo brasileiro

Resultado de imagem para horário de verão tem inicio
(Imagem: Reprodução/Portal T5)

No início do mês de abril foi anunciado, através do porta-voz da presidência da república, que o horário de verão seria suspenso esse ano. Otávio Rêgo Barros, o porta-voz, afirmou de primeira que essa decisão é apenas para o ano de 2019 e que os próximos anos ainda estariam sujeitos a avaliação sobre manter ou não o horário, porém, no fim de abril, ao contrário do que fora dito inicialmente, o governo declarou fim indefinido do horário de verão.

Para que serve o horário de verão e quando ele surgiu.

Implantado no Brasil pela primeira vez no ano de 1931 pelo então presidente Getúlio Vargas, tinha uma duração de cinco meses e ocorreu durante nove anos até 1967 sem nenhum critério científico certo, dezoito anos após o fim do horário ele voltou a ser implantado em 1985/1986 em uma ação do governo tomada devido ao racionamento que ocorria pelo baixo nível nas hidrelétricas. Desde então ele vinha sendo adotado anualmente em regiões específicas do país, como Sul, Sudeste e Centro- Oeste.

O porquê do seu fim.

Depois de trinta e quatro anos de funcionamento o horário foi revogado, pois, de acordo com uma pesquisa do Ministério de Minas e Energia (MME) ele não atingia sua principal motivação: a economia de energia. Entre 2010 e 2014 a economia para os consumidores foi de R$ 838 milhões, mas nos últimos anos a rotina de consumo de luz mudou e a economia diminuiu fazendo com que os números apenas se mantivessem estáveis, sem alteração. Devido a isso o MME recomendou ao presidente que o horário fosse revogado já que para o setor elétrico ele havia perdido sua razão de ser aplicado.

Segundo o deputado João Campos (PRB-GO), que apresentou a proposta no senado, a economia de energia era menor do que os danos que a mudança de horário causava. Não é comprovado nenhum benefício ocasionado pela mudança, pelo contrário, a nossa temperatura corporal se modifica durante o dia e vários hormônios sobem para que possamos acordar, com o horário de verão há uma quebra desse acontecimento.

O que diz a população.

Em entrevista com trabalhadores e estudantes procuramos saber qual o efeito do horário de verão sobre seus corpos, se eles se sentem incomodados e se essa mudança acarretará em algo na sua rotina. Alguns trabalhadores comentam que a mudança não aparenta causar nenhum efeito maléfico em seu corpo ou em sua saúde e que normalmente não atrapalha a jornada de trabalho. No entanto, a analista técnica Rozenilda Alves afirma que afeta na parte da iluminação: “as cinco e meia da manhã costuma ficar mais escuro no horário de verão. Já fui assaltada nesse período”, ela acredita que o fim do horário apenas a proporcionará algumas horas a mais de sono.

Vanessa Moraes, estudante de jornalismo da Unesp de Bauru, relatou ao Impacto que mesmo que o horário de verão cause cansaço, principalmente para aqueles que têm uma rotina matutina, a decisão afetará na economia de energia e no dia a dia de pessoas como ela que usavam esse horário para caminhar ou aproveitar o restante da luz do dia. “Eu acredito que a importância do horário se dá devido a utilização da luz solar de diversas maneiras’’, comenta a estudante.

(Vanessa Moraes/Foto: Ana Beatriz Nóbrega)
O ano de 2019 será o primeiro em 38 anos em que o horário não será aplicado, e apesar da mudança é preciso saber que a medida por mais que seja indefinida pode ser alterada se uma nova proposta mostre que trará benefícios ao setor elétrico. Existe a possibilidade de que em um futuro próximo o horário de verão, usado de maneira correta e com a colaboração de todos os consumidores, volte a ajudar na economia de energia de modo que beneficie tanto o bolso da população como também o meio ambiente através das usinas hidrelétricas e as diversas fontes de energias que possuímos.  

Relacionados:

Com enorme potencial, Brasil ainda investe pouco em energia solar

                                                                                                                                    Edição: Bruna Tastelli

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *