Com o slogan “Brasil justo, ético, próspero e sustentável” a candidata à presidência pelo Rede Sustentabilidade é conhecida por suas propostas ambientais
Uma das propostas de Marina é investir em energia renovável para gerar empregos. Foto/Reprodução:Sérgio Lima/Poder360
Maria Osmarina da Silva Vaz de Lima, conhecida popularmente como Marina Silva, é candidata à Presidência do Brasil pelo Rede Sustentabilidade, partido fundado por ela em 2015.
Marina, que é professora, historiadora e ambientalista, iniciou sua carreira política em 1988, quando se tornou vereadora de Rio Branco. Desde então, passou por diversos cargos públicos, como deputada estadual, senadora da República pelo Acre e Ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula. Além disso, é a terceira vez que se candidata à Presidência da República.
Sua primeira candidatura à presidência foi em 2010, pelo Partido Verde (PV). Porém, já no ano seguinte, após ficar em terceiro lugar nas eleições, se desvinculou do partido.
Em 2014 entrou como vice na chapa de Eduardo Campos, pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Contudo, após a morte do presidenciável devido à queda do avião que viajava, Marina assumiu a candidatura.
Relembre a morte de Eduardo Campos, clicando aqui
Apesar de ter saído do Partido Verde em 2011, Marina manteve sua aliança, sendo seu atual vice o ex-deputado Eduardo Jorge (PV).
|
Durante o debate entre candidatos a vice-presidente promovido pela VEJA, Eduardo Jorge se demonstrou a favor dos direitos dos animais, afirmando “Vamos viver dos produtos vegetais. Não precisamos torturar animais”
Foto/Reprodução: Antonio Milena/VEJA
Foto/Reprodução: Antonio Milena/VEJA
Quando o assunto é meio ambiente, Marina Silva aborda diversas propostas em seu plano de governo. Sempre voltada a esse setor, a presidenciável deixou o legislativo, com o cargo de Senadora, para aceitar o cargo de Ministra do Meio Ambiente e, assim, poder levar as questões ambientais que defendia no Legislativo para o Poder Executivo.
Entre 2003 e 2006, trouxe, como Ministra, um novo modelo de gestão ambiental, no qual procurava envolver o governo federal e a sociedade. Em consequência desse novo modelo, foi concretizado, em 2004, o Plano de ação para Prevenção e Controle do Desmatamento, reduzindo aproximadamente 50% do desmatamento na Amazônia.
Segundo o portal Estadão, a candidata recuperou, neste ano, bandeiras ambientais que foram apenas coadjuvantes nas últimas eleições.
Para ler a matéria do Estadão, clique aqui
Uma das bandeiras que ganhou destaque nos discursos da candidata foi a do combate à ‘’Lei do Veneno’’ (Projeto de Lei 6299/02), que prevê mudanças na política fiscalizatória e no controle dos agrotóxicos. Tal projeto tira o poder da Anvisa e do Ibama sobre o registro de novos agrotóxicos, deixando como único autor decisivo o Ministério da Agricultura.
Além disso, entre suas principais propostas para o meio ambiente estão inclusos:
- A criação de um programa para a instalação de unidades de geração de energia solar fotovoltaica. Até o ano de 2022, pretende implantar 1,5 milhão de telhados solares de pequeno e médio porte;
- O Desmatamento Zero em todo o território brasileiro até 2030;
- A criação de Reservas Extrativistas e de Desenvolvimento Sustentável .Visa, também, instaurar um sistema de compensação financeira para as comunidades tradicionais atuarem na preservação da biodiversidade;
- Promete criar projetos de lei para a melhor fiscalização e proteção ambiental.
- Promete lançar programas que auxiliem na recuperação e preservação dos mananciais brasileiros, nascentes e sub-bacias.
- Pretende envolver as Forças Armadas para atuar na defesa de fronteiras e no combate à biopirataria, ou seja, exploração de recursos biológicos que não vão de encontro com as normas da Convenção sobre Diversidade Biológica, de 1992.
Além destas, que constam no caderno de propostas da presidenciável, Marina ainda propõe se atentar as metas do Acordo de Paris, assinado em 2015 por 195 países, a fim de diminuir os índices do aquecimento global.
Em uma de suas falas a respeito da política de relações exteriores, também incluiu propostas ambientais.
‘’A política externa terá o compromisso com o meio-ambiente, o desenvolvimento sustentável, a promoção da paz e da cooperação internacional.”
Somado a estes tópicos, seu plano de governo ainda inclui programas voltados à agricultura familiar e ao setor agrário em geral, uma vez que a candidata visa a diminuição dos impactos socioambientais gerados pela agricultura e agronegócio.
A ex ministra do Meio Ambiente recebeu alguns prêmios no Brasil e exterior, ligados à temática. Confira alguns deles abaixo:
- Prêmio Mulheres Mais Influentes da Revista Forbes Brasil em 2006
-
Prêmio Goldman de Meio Ambiente em 1996;
- Prêmio Homenagem a “25 Mulheres em Ação no Mundo pela Vida na Terra”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente ( ONU) em 1997.
A próxima candidata que iremos conhecer será Vera Lúcia, do Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificado (PSTU). Para conhecer suas propostas ambientais, fique atento ao Jornal Impacto Ambiental!
Editora: Beatriz Bethlem