7 tecnologias criativas voltadas para a reciclagem

Confira algumas incríveis invenções para aprimorar a coleta de lixo


Sistema subterrâneo e à vácuo para descarte de lixo (Foto: Envac/Divulgação)

Os métodos mais tradicionais para descartar o lixo das cidades estão ficando cada vez mais ultrapassados e são insuficientes. O espaço destinado para o encaminhamento destes materiais está esgotando. Bauru é um exemplo claro disso. Os aterros da cidade foram esgotados e a prefeitura teve de buscar em outra cidade local para depositar seu lixo.

Leia mais: Precisamos falar sobre lixo!

Para piorar a situação, a coleta seletiva não é uma realidade consolidada e não é incorporada por todas as cidades. No Brasil, apenas 18% dos municípios contam com o serviço, segundo pesquisa do Cempre em 2016.

Além de projetos voltados para a conscientização da população a respeito da redução da quantidade de lixo produzido diariamente, muitos países buscam alternativas sustentáveis e criativas para reutilizá-lo. Confira a seguir 7 métodos que prometem revolucionar os conceitos de reciclagem:

1. De plástico para combustível

Pesquisador japonês ao lado da máquina
Modelo da máquina que converte plástico em óleo (Foto: Reprodução/ Notícias Naturais)

Desenvolvida no Japão pelo pesquisador Akinori Ito, da Blest Corporation, a máquina que converte plástico em óleo, faz o papel inverso da produção do material sintético.

Além de transformar o lixo em diferentes tipos de combustíveis, o equipamento não emite gases poluentes, já que quebra as moléculas químicas e as transforma em carbono e água.

A novidade, criada em 2010, é capaz de transformar 1 kg de plástico em 1 litro de óleo e foi adquirida em cerca de oitenta países.

Confira a seguir um vídeo desenvolvido pela empresa para explicar o processo:

2. Seringas recicláveis

Seringa
Destino das seringas está para mudar (Foto: Reprodução/Print Loja)

Atualmente, as seringas usadas não podem ser recicladas para evitar contaminações. É “lixo hospitalar”. Mas esta realidade pode mudar. Os empreendedores Marcelo Bitencourt e Amine Youssef, do polo de eletrônica de Santa Rita do Sapucaí (MG), criaram uma máquina capaz de reaproveitar a agulha e o plástico do material hospitalar.

O NEX, como é chamado, extrai o aço e encaminha a agulha e o plástico para compartimentos diferentes. Em seguida as temperaturas são elevadas e atingem a marca de 1680 graus, condição ideal para esterilizar e matar qualquer tipo de organismo presente no material. Feito isso, os materiais derretidos são transformados em blocos e encaminhados para a venda.

3. Tecnologia de Plasma

Embalagens do tipo Longa vida
Alumínio e plástico das caixinhas podem ser separados (Foto:Reprodução/ Qinit.sbq.org.br)

Com o objetivo de aumentar o volume de reciclagem de materiais do tipo longa vida, foi feita uma parceria entre Tetra Pak do Brasil, Alcoa, Klabin e TSL Ambiental para o desenvolvimento de uma tecnologia que separa o alumínio e o plástico da embalagem.

O modelo, chamado de plasma, usa energia elétrica para formar um jato e aquecer os dois materiais a uma temperatura de 15 mil graus Celsius. Feito isso, o plástico vira parafina e o alumínio volta a sua forma original.

Desenvolvida totalmente no Brasil, a primeira unidade de reciclagem terá capacidade de processar cerca de 8 mil toneladas de alumínio e plástico anualmente, o equivalente a 32 mil toneladas de embalagens longa vida por ano.

Confira a seguir o processo de reciclagem dos materiais do tipo longa vida:

4. Sistema de recolhimento de lixo à vácuo

Sistema subterrâneo e à vácuo de descarte de lixo (Foto: Envac/Divulgação)

Foi desenvolvido em Estocolmo, capital da Suécia, um sistema de recolhimento à vácuo do lixo. Funciona da seguinte maneira: todas as lixeiras são conectadas a uma rede de tubos que encaminha, por sua vez, os resíduos para o local de descarte adequado.

Quando a lixeira está cheia, um sensor emite um sinal para que o lixo seja sugado a uma velocidade de 70 km/h. Quando chegam na central de coleta, os sacos de lixo são separados e enviados para a reciclagem ou incineração.

Com esta novidade, além da redução de poluição atmosférica, há uma economia de 40% dos gastos com o serviço de coleta.

5. Usina de reciclagem de fraldas

Quatro imagens do processo industrial de reciclagem das fraldas
Equipamentos usados para a reciclagem das fraldas e absorventes (Foto: Reprodução/ Setor Reciclagem)

O que fazer com aquela fralda “carimbada” pelo bebê? Se você pensou em jogar fora, saiba que existe uma opção muito melhor para ela. Pelo menos fora do Brasil.

Criada no Canadá e inaugurada no Reino Unido, a usina de reciclagem de fraldas e absorventes femininos, Knowaste, consegue transformar os resíduos em gás para a geração de energia. A fralda, que é esterilizada e triturada, pode dar origem a outros materiais, como por exemplo, telhas e madeira plástica. De acordo com a empresa, tal processo evita a emissão de 22 mil toneladas de carbono por ano.

A invenção ainda é bem restrita, mas as vantagens são gigantescas, afinal, cada bebê utiliza em média 3 mil fraldas ao longo da sua infância, o que resultaria em um acúmulo gigantesco nos chamados “lixões”, caso não houvesse esta invenção.

6. Reciclagem automotiva

Lata velha? (Foto: Reprodução/Print Loja)

Carros e caminhões enferrujando abandonados deixam uma imagem feia para as cidades e são um desperdício de material! Eles podem ser encaminhados para uma das empresas responsáveis pela reciclagem automotiva. Cerca de 85% das peças do caminhão são encaminhadas para reutilização, 10% para reciclagem (resíduos como óleo, bateria e pneus) e apenas 5% é descartado. Este processo ajuda ainda a reduzir a emissão de gás carbônico, já que evita a produção de novas peças.

Apesar de ser pouco conhecida no Brasil, a reciclagem automotiva é muito comum e lucrativa em vários países da América Latina e da Europa. Na Espanha, por exemplo, existem operações como a descontaminação e a reutilização, que são autorizadas pelo governo como forma de tratamento para os veículos no final de sua vida útil.

7. Pacote de salgadinho pode virar mochila

Bolsas feitas com embalagens de diferentes salgadinhos
A estampa das bolsas não precisa se a mesma do salgadinho, ok? (Foto: Reprodução/Blog da C´Bianca)

A empresa americana TerraCycle desenvolveu recentemente uma tecnologia que transforma o plástico tipo Bopp (polipropileno biorientado), comum em embalagens de salgadinhos e café, em produtos como mochilas e para-choques.

A PepsiCo, fabricante dos produtos Elma Chips, desenvolveu produtos 100% reciclados com o material em questão, sendo necessárias 675 embalagens de salgadinhos para a produção de cada unidade.

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