Todos os indivíduos influenciam no ambiente em que vivem, mas nos últimos anos o ser humano promoveu comportamentos danosos à natureza, o que dificulta a sobrevivência de diversas espécies. Devido a isso, o comportamento sustentável parece ser uma solução, daí a importância do ecólogo.
Emmanuelli Reimberg é estudante de Ecologia da Unesp Rio Claro, afirma “O curso abriu minha mente para muitas questões ambientais e me fez perceber que nós, humanos, estamos acabando com o planeta e não temos ideia do pouco tempo que falta para isso acontecer.”
O Curso
No Brasil, o primeiro curso de Ecologia surgiu em 1976, na Unesp de Rio Claro. A graduação tem duração mínima de 4 anos e oferece disciplinas teóricas e práticas, o que amplia a visão da profissão.
É um curso interdisciplinar, ou seja, além da área de biológicas, a graduação exigirá conhecimentos sobre a área de exatas, ciências da terra e humanas, além da área da pesquisa científica, que permite que o aluno escolha uma área de especialização de seu interesse. Com a formação adequada, o profissional estará apto a pesquisar e ensinar novos conhecimentos, colaborando com a resolução dos problemas ambientais.
Eduardo Akira Hirata, estudante de ecologia, nos conta um pouco mais:
O curso corresponde às expectativas de quem busca uma compreensão mais profunda sobre o meio ambiente, visando interações entre os animais e a paisagem, desvendando serviços ecossistêmicos que são necessários para a sociedade como um todo, seja produtivo, social, cultural e até fundamental para a existência de algumas áreas. As aulas práticas são as mais essenciais para o curso de ecologia.
Como o Brasil possui uma enorme diversidade, profissão de ecólogo acaba ganhado importância. Logo, é muito importante a preservação da fauna e flora brasileira e encontrar formas de restaurar locais já degradados e recuperar a segurança de animais em risco de extinção.
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Plogging: é uma prática que une corrida e coleta de lixo/ Foto:Pixabay
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Áreas de atuação
O Prof. Dr. Tadeu Siqueira, atual coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Biodiversidade da Unesp Rio Claro, conta quais são as duas grandes áreas para o profissional:
O mercado para o ecólogo é dividido em duas grandes áreas. A área acadêmica e uma área mais técnica de prestação de serviços. Há também espaço para atuação em ONGs e em projetos e atividades de Educação Ambiental não-formal.
Na área acadêmica, os ecólogos desempenham diversos tipos de atividades relacionadas à ciência em universidades e centros de pesquisa. Nesta área, geralmente, é preciso se especializar um pouco mais, através de mestrado e doutorado, e ter vontade de investigar e descobrir como a natureza funciona. A área técnica e de prestação de serviços está mais relacionada com atuação em empresas de consultorias e órgãos executivos do governo (ex. Ibama, ICMBio). Mestrado e doutorado não é requisito nesta área.
As prestações de serviço podem ser em:
Avaliação de riscos e impactos ambientais: consiste na ocupação do ser humano em um local. Por exemplo, um restaurante na praia, quais as implicações, onde o lixo será descartado, como a construção influenciará no ecossistema local. Deve ser analisado para que libere a licença ambiental;
Consultoria: Gerir projetos e prestar assistência a empresas públicas, privadas e ONG’s;
Ensino e pesquisa: Desenvolver pesquisas sobre o meio ambiente ofertar palestras, workshops, promovendo a conscientização ambiental;
Geoprocessamento: Fazer uso de softwares e equipamentos tecnológicos para captar informações sobre áreas de preservação, espécies em risco de extinção, entre outros
Recuperação e manejo de ecossistemas: Pôr em prática e fiscalizar projetos que atuem no restauro ambiental e também determinar regras de ocupação natural;
Turismo ecológico: Compor projetos, orientar guias turísticos sobre a questão ambiental e pesquisar locais com o objetivo de mostrar a importância da preservação para o público.
Órgãos públicos como Ibama, Agência Nacional de Águas, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Instituto Florestal, Embrapa, Ministério do Meio Ambiente, secretarias municipais e estaduais de meio ambiente são um dos locais em que é possível trabalhar!
Onde estudar
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Universidade Estadual Paulista(UNESP) – Rio Claro;
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Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN) – Natal;
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Universidade Federal Rural do Semi Árido(UFERSA) – Mossoró;
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Universidade Federal de Goiás(UFG) – Goiânia;
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Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – Rio Tinto.
Para Eduardo Akira Hirata, “é um curso para a vida, se você não se importa com dinheiro e sim com bem-estar social e natureza, é o curso certo. Entenderá o que é uma agrofloresta e qual sua importância, sem contar que talvez você quebre alguns tabus que criamos ou que existem na nossa sociedade.”
Eduardo afirma ainda que“além de avaliar o impacto, visamos soluções também, uma das ferramentas para avaliar o quanto agredimos nosso planeta pode ser encontrado aqui: http://www.pegadaecologica.org.br/2015/index.php, uma ferramenta simples, desenvolvida por ecólogos, que nos faz ter noção do quão mal estamos o utilizando.”
Edição: Rebeca Almeida
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