Cada vez mais empresas estão começando a adotar o método sem crueldade no desenvolvimento dos seus produtos
Protetor solar Needs, marca que não realiza testes em animais/ Foto: Rafaela Fernanda. |
Os Beagles do Instituto Royal
Além dos cachorros, coelhos e 200 camundongos também foram levados pelos ativistas. Os manifestantes acusaram o Instituto Royal de utilizar métodos cruéis na realização dos experimentos.
De acordo com o PEA, esses são alguns dos testes mais realizados em animais:
Olhos: nesse teste, os elementos são aplicados nos olhos dos animais para analisar a reação das substâncias químicas dos produtos de limpeza e cosméticos. Geralmente, coelhos são os animais mais usados nesses testes, pois são baratos, fáceis de manusear e seus olhos grandes facilitam a observação dos resultados.
Pele: o animal é imobilizado enquanto substâncias são aplicadas em suas peles raspadas e feridas (fita adesiva é pressionada firmemente na pele do animal e arrancada violentamente; repete-se esse processo até que surjam camadas de carne viva). As substâncias são aplicadas então à pele tosada do animal. O teste observa os sinais de enrijecimento cutâneo, úlceras, edema, etc.
Pesquisas Dentárias: os animais são forçados a ingerir quantidades enormes de açúcares durante três semanas ou têm bactérias introduzidas em suas bocas para estimular a decomposição dos dentes. Então são submetidos aos testes odontológicos, nos quais muitas vezes as gengivas dos animais ficam descoladas e a arcada dentária removida.
Testes de Toxidade Alcoólica e Tabaco: neste teste, os animais são obrigados a inalar fumaça e se embriagar, para depois serem dissecados, visando o estudo dos efeitos das substâncias no organismo.
Métodos alternativos
Para o PEA, há também alternativas para os testes em animais feitos no meio acadêmico. De acordo com a organização, “a adoção de métodos alternativos mantém a educação atualizada e sincronizada com o progresso tecnológico, com o desenvolvimento de métodos de ensino e contribuem para o pensamento ético.
Empresa Cruelty Free
“Nossos produtos e ingredientes não são testados em animais”. Embalagem do Dream Cream da Lola Cosmetics/ Foto: Rafaela Fernanda. |
Ainda é difícil encontrar produtos veganos no Brasil, e é muito legal ver que alguns consumidores chegam até à Lola justamente por isso. O mercado está mudando.
A dificuldade é que dependendo do produto não se encontra muitas opções de marca ou fabricante, o que pode levar a um preço mais alto. A facilidade é que a procura das pessoas por produtos cruelty free vem crescendo e as marcas estão tentando se adaptar, tornando mais fácil encontrar esses produtos em mercados e farmácias.