Rodadas de discussões sobre as mudanças climáticas fazem alerta para a antecipação de efeitos do aquecimento global
Debate aconteceu no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. Foto/Reprodução: Revista Amazônia |
No dia 19 de outubro, ocorreu no Rio de Janeiro o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) durante o Diálogo de Talanoa. O evento que é coordenado pela Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima prevê uma série de discussões com objetivo de confirmar os compromissos assumidos no Acordo de Paris, principalmente no que diz respeito a manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2°C.
Talanoa, na língua nativa de Fiji, é uma palavra tradicional usada no Pacífico para refletir um processo de diálogo inclusivo, participativo e transparente, o que mostra o caráter democrático e plural da reunião, que pode ser frequentada tanto por instituições governamentais como pela sociedade civil.
O propósito principal do Diálogo de Talanoa é entender a participação das empresas no cumprimento da meta brasileira de redução em 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025, assumidas pelo Acordo de Paris, além de orientar a sociedade sobre ações de combate às mudanças climáticas.
Debate realizado pelas Nações Unidas sobre alterações climáticas permite conversar com os setores da economia brasileira que mais produzem emissão de gases poluentes. Foto/Reprodução: UNclimatechage/Flickr |
O evento, que já havia acontecido anteriormente em São Paulo e Brasília, contou com a participação do Secretário de Mudança do Clima e Florestas Thiago Mendes e da diretora do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Ana Carolina Szklo.
Os resultados dos debates são alarmantes e irão guiar o Brasil na 24ª Conferência das Partes sobre mudança do clima (COP 24), que ocorrerá em dezembro, na Polônia. Estudos apresentados revelaram que os efeitos do aquecimento global já poderão ser sentidos em 2040, dentre eles estão a escassez de comida e incêndios em matas.
Pouco mais de uma semana após o primeiro turno das eleições 2018, a presidente do CEBDS alertou, em entrevista ao site de notícias Ciclo Vivo, para a consequência de algumas propostas dos candidatos em relação ao meio ambiente.
O IPCC alertou que para evitarmos desastres ambientais mais severos devemos limitar o aquecimento global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, não em 2,0 °C como se calculava anteriormente. Para isso, é preciso haver um corte global de emissões de GEEs de 45% em 2030. Este é o momento de intensificar o combate às emissões e as medidas para atingirmos o desmatamento líquido zero. A saída do Brasil do Acordo de Paris seria um entrave para conseguirmos cumprir nossa NDC (contribuição nacionalmente determinada).
Assista o debate na íntegra, clicando aqui
Editora: Beatriz Bethlem