5 destinos ecoturistas para conhecer no Brasil (e 4 internacionais)

Conheça alguns locais fantásticos que aliam sustentabilidade e turismo

Pessoas dentro de um bote em uma caverna aquática. Uma luz entra por cima
Abismo Anhumas, em Bonito-MS (Foto: Caio Vilela)

Estar perto da natureza respirando o ar puro e admirando belas paisagens, sem prejudicar o meio ambiente, é a essência do ecoturismo.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, ecoturismo é o “segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações”.

Quantos destinos de ecoturismo você já visitou? Confira na lista abaixo alguns ecodestinos brasileiros e internacionais e escolha um para as próximas férias!

Destinos no Brasil
1 – BONITO (MS)

Mergulhadores e peixes dentro de um rio
Rio Sucuri, em Bonito (Foto: Ambiental Turismo/Flickr)

Bonito é caracterizada como melhor destino para mergulho fluvial no país. O local abriga verdadeiros aquários naturais, onde é possível encontrar uma grande diversidade de peixes, além de possuir cavernas incríveis e muitos outros atrativos – em terra firme, as escaladas e as trilhas são boas pedidas, com a chance de se encontrar algum dos animais silvestres que habitam a região.

É preciso planejamento para curtir o máximo que o lugar tem a oferecer. Como são muitas atrações e não costumam ser tão próximas, o ideal é fazer um checklist do que conhecer em cada dia da sua hospedagem. Além disso, os passeios geralmente são pagos (ou possuem o número de visitantes controlados), ou seja, é necessário ficar atento e se planejar.

Tanta beleza natural e organização têm seu preço. Um fim de semana em meados de janeiro custa, para um casal de adultos, numa pousada com nota 8,7 pelo Booking, R$685*.

Se for a Bonito, não deixe de…
– Flutuar no Rio Baía Bonita (utiliza-se apenas snorkell);
– Conhecer a Gruta do Lago Azul (fique atento, pois o número de visitantes diários é limitado);
– Mergulhar na Lagoa Misteriosa (é a sétima caverna mais profunda do país e uma das mais profundas cavernas inundadas do Brasil);
– Fazer rafting no Rio Formoso (aos aventureiros, sete quilômetros de cachoeiras e corredeiras);
– Passear no Balneário Municipal (é mais barato e possui boa infraestrutura).

É eco mesmo?
Mesmo com toda a estrutura disponível aos turistas, muitos atrativos parecem intocados. A preocupação com o meio ambiente, por aqui, é levada a sério. Ao explorar a cidade, parece até que muitas de suas atrações foram descobertas recentemente.

Para mais informações acesse:  www.portalbonito.com.br

2 – CHAPADA DOS VEADEIROS (GO)

Pessoas nadando no lago em região montanhosa
Chapada dos Veadeiros (Foto: François Calil)

Localizada em uma região famosa pelas riquezas geológicas e pelo misticismo, a Chapada dos Veadeiros, região de cerrado no nordeste do estado de Goiás que abrange os municípios de Alto Paraíso, Cavalcante, Colinas do Sul, São João D’aliança e Teresina, é um prato cheio para os aventureiros de plantão.

A Chapada abriga não só rios cristalinos, mas também cachoeiras de mais de 100 metros, trilhas e paredões de pedra. O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros foi declarado Patrimônio Mundial pela Unesco em 2001.

Uma possível hospedagem seria na cidade Alto Paraíso de Goiás, numa pousada avaliada com nota 9 pelo Booking, saindo por R$580* para um fim de semana em meados de janeiro.

Se for à Chapada dos Veadeiros, não deixe de…
– Ir à Cachoeira Santa Bárbara, em Cavalcante (e almoçar no Quilombo Kalunga);
– Explorar o Vale da Lua (parece mesmo que você está andando pelas crateras da lua!);
– Fazer as trilhas do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (como a que leva à Cachoeira dos Saltos  – 11km ida e volta – ou a trilha que leva aos Cânions e à Cachoeira dos Cariocas – 12 km ida e volta);
– Visitar as cachoeiras Almécegas I e II na Fazenda São Bento (tem tirolesa de 1 minuto e meio!).

É eco mesmo?
Na porção do bioma cerrado preservada pelo Parque Nacional, estima-se em 50 o número de espécies raras, endêmicas (aquelas que só ocorrem neste lugar) ou sob o risco de extinção.

Também já foram identificadas 1.476 espécies de plantas no Parque, das 6.429 que existem no bioma cerrado. Entre os principais sítios geológicos preservados no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e adjacências, destacam-se os aspectos litológicos, sedimentológicos e estruturais, enquanto as feições geomorfológicas mais importantes estão relacionadas aos planaltos, serras e cachoeiras de grande beleza natural.

A preservação dos sítios está associada ao conhecimento de sua gênese, importância, fragilidade/raridade e particularidades dos locais e estruturas visitadas. A falta de informações pode trazer riscos à preservação dos sítios naturais da região.

Para mais informações: http://www.chapadadosveadeiros.com/

3 – CHAPADA DIAMANTINA (BA)

Pessoas próximas a um paredão natural
Chapada Diamantina – BA (Foto: Jeferson de Sousa)

A Chapada da Diamantina atrai turistas do Brasil inteiro por seus mais de 1 500 km² de belas cachoeiras, rios, cânions e grutas, que formam cenários inacreditáveis e fazem do Parque Nacional da Chapada Diamantina um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil.

Composta por mais de 50 municípios do sertão baiano, a região conta com sítios arqueológicos, como a Serra das Paridas, com um imenso corredor de pinturas rupestres. É um prato cheio para quem gosta de aventura.

Cobiçado pelos amantes do trekking, o Parque Nacional tem atrações que extrapolam seus limites e se espalham por cidadezinhas que tiveram seu apogeu no final do século 19.

Os preços para hospedagem variam muito, porque há bastante diferença de comodidade e localização dos hotéis. Um hotel classificado com 9,1 no Booking custa R$865* para o casal em um fim de semana em meados de janeiro, mas há opções bem mais em conta.

Se for à Chapada Diamantina, não deixe de…
Contratar um guia! A sinalização, nas estradas e trilhas, não costuma ajudar. Mas se quiser ser independente, é possível fazer os seguintes passeios:
– Grutas Torrinha, Pratinha e Lapa Doce, Cachoeira dos Mosquitos, Poço do Diabo, Ribeirão do Meio e Morro do Pai Inácio, em Lençóis;
– Poço Azul, Cachoeira Donana e Fazenda Marimbus, em Andaraí;
– Galeria Arte & Memória, Mina Brejo-Verruga, Ponto do Amarildo e Trekking Igatu-Andaraí, em Igatu;
– Poço Encantado, em Itaetê;
– Cemitério Bizantino, Projeto Sempre-Viva e Museu Vivo do Garimpo, em Mucugê;
– Cachoeiras da Fumaça e do Riachinho e Poço das Cobras, no Vale do Capão.

É eco mesmo?
O Parque possui normas de preservação, e dentre elas destaca não deixar rastros, trazer seu lixo de volta, respeitar os animais, não fazer fogueiras, cuidar das trilhas e acampamentos, ser cortês com as comunidades e demais visitantes. Todas as regras estão especificadas no site-guia para visita da Chapada Diamantina, citado abaixo.

Para mais informações: http://www.guiachapadadiamantina.com.br/

4 – FERNANDO DE NORONHA (PE)

Fernando de Noronha – PE (Foto: Flávio Costa/Flickr)

O Arquipélago mais famoso do Brasil encanta por suas tartarugas gigantes, cardumes coloridos, golfinhos ou até mesmo sua natureza muito bem preservada, além de possuir paisagens surreais, como a da Baía do Sancho, a da Baía dos Porcos e a da Praia do Leão.

Formado por 21 ilhas, o arquipélago de Fernando de Noronha tem vegetação abundante e as águas azuis cristalinas são o habitat de várias espécies.

A hospedagem no paraíso costuma ter um preço elevado. Um fim de semana em meados de janeiro sai por R$1.325* o casal, em pousada com nota 9,1 pelo site Booking.com.

Se for a Fernando de Noronha, não deixe de…
– Visitar a Baía do Sancho, a Baía dos Porcos e a Praia do Leão;
– Fazer um tour a pé pela parte histórica da Vila dos Remédios, o centrinho de Noronha (leva ao menos meio dia e pelo caminho estarão a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, o Memorial Noronhense, as ruínas da Fortaleza e a Arte Noronha, que vende de artesanato a livros de fotos sobre a ilha);
– Passear de Prancha Submarina;
– Conhecer o Projeto Tamar;
– Fazer um Mergulho Livre na Baía do Sueste (para ver as tartarugas marinhas) e um Mergulho com Cilindro (esta atividade deve ser feita com ao menos 24h de antecedência em relação ao seu voo de volta);
– Jantar no Palhoça da Colina (lá eles servem peixe assado na folha de bananeira).
– Observar o pôr do sol a partir das praias do Cachorro, do Meio ou do mirante do Boldró.

É eco mesmo?
É, e bastante. Um dos principais fatores que contribui para a preservação desse arquipélago é certamente a sua distância do continente. Além disso, no ano de 1988 foi criado o Parque Nacional Marinho e a Área de Preservação Ambiental de Fernando de Noronha – Rocas – São Pedro e São Paulo, que dominam o território da ilha como um todo, cerca de 70% e 30%, respectivamente.

O título de “Sítio do Patrimônio Mundial Natural” concedido pela Unesco em 2001 contribuiu ainda mais para a preservação desse maravilhoso paraíso. Além disso, para cada dia que passa no arquipélago, o turista deve pagar o valor de R$64,25 para a chamada de “Taxa de Preservação Ambiental”.

Para mais informações: http://www.noronha.pe.gov.br/

5 – JALAPÃO (TO)

Grupo observa o por do sol
Jalapão – TO (Foto Bart Van /DorpFlickr)

O chamado “deserto brasileiro” é um destino não muito convencional, mesmo sendo um dos cenários mais lindos do Brasil. Cachoeiras cristalinas, piscinas naturais verde-esmeralda, fervedouros, praias naturais, chapadões e dunas compensam as dificuldades para chegar ao local. O Jalapão é um conjunto de cinco áreas de conservação, que inclui um parque estadual e tem 34 000 km² (maior que os estados de Sergipe e Alagoas).

O Parque Estadual do Jalapão, com seu isolamento e clima desértico, é uma rota ainda não muito procurada pelos turistas – portanto a ideia é visitá-lo agora, já que os preços não estão tão altos e as paisagens são muito bem preservadas.

Há duas maneiras de se hospedar no Jalapão. Existe o camping da Korubo Expedições (o pacote de seis dias tem valores a partir de R$1.840, e inclui transporte desde Palmas, refeições, quatro pernoites e passeios) ou pousadas simples em Ponte Alta ou Mateiros. O valor para uma pousada com classificação 7,7 pelo Booking.com em São Félix do Tocantins, a 60km de Mateiros, é de R$720* para o casal em um fim de semana em meados de janeiro.

Se for a Jalapão, não deixe de…
– Admirar a Cachoeira da Velha (enorme queda d’água em forma de ferradura de aproximadamente 100 metros de largura e 15 metros de altura);
– Passear pelas Dunas, cartão postal do Jalapão (compostas por areias finas e alaranjadas que chegam a 40 metros de altura, a sensação é de estar no meio do deserto);
– Visitar a Cachoeira da Fumaça (de acesso fácil e com duas quedas);
– Conhecer os Povoados do Mumbuca e Prata, comunidades remanescentes de quilombos (a visitação possibilita ao turista vivenciar a cultura local);
– Apreciar a Cachoeira do Formiga (encantadora nascente de água verde-esmeralda);
– Entrar nos Fervedouros (poços cristalinos ótimos para banhos e impossíveis de afundar);
– Fazer o trekking até o mirante da Serra do Espírito Santo (ele leva ao alto dos paredões que formaram as Dunas do Jalapão e no caminho pode-se observar a formação rochosa com a flora da região).

É eco mesmo?
A preocupação em manter preservada essa incrível riqueza natural é representada pela presença de vários instrumentos de conservação,  como o Parque Estadual do Jalapão, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba; a Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins; a Área de Preservação Ambiental  (APA) Serra da Tabatinga; e a Área de Proteção Ambiental (APA) Jalapão.

Para mais informações: http://turismo.to.gov.br/regioes-turisticas/encantos-do-jalapao/

*valor consultado no site Booking.com em outubro/2016 para o fim de semana de 13 a 15 de janeiro de 2017. Informações estão sujeitas a alterações.

Pelo mundo
1 – AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA

Imagem aérea de um rochedo isolado em uma planície
Uluru-Ayers Rock (Foto: Corey Leopold)

Os dois países ficam na Oceania e são destaque em ecoturismo. Na Nova Zelândia, dividida entre Ilha Norte e Ilha Sul, as principais e mais belas praias se concentram na parte Norte – caso, por exemplo, de Bay of Plenty.

A região também abriga o Monte Ruapehu, um vulcão ativo que já foi cenário de inúmeros filmes de sucesso, como a trilogia de “O Senhor dos Anéis”. Na Ilha do Sul, as atrações ficam por conta das trilhas que passam por cachoeiras e parques nacionais.

Já na terra dos cangurus, a Austrália, o turista encontra um clima parecido com várias partes do Brasil e pode desfrutar de praias paradisíacas por toda a costa australiana. A região central do país é caracterizada por desertos igualmente encantadores e cheios de opções de ecoturismo, como em Ayers Rocks e suas famosas formações rochosas. A Austrália também conta com diversos parques nacionais e uma vida animal rica e diversificada.

2 – GALÁPAGOS, COSTA RICA E ILHA DE PÁSCOA

Cratera com água dentro de um vulcão
O cume do vulcão Irazú, na Costa Rica, tem várias crateras (Foto: Ben Haeringer/Flickr)

Estes lugares são ideais para quem adora o contato com a natureza. Em Galápagos, grupo de ilhas localizadas perto da costa do Equador, é possível visitar impressionantes montanhas vulcânicas, conhecer a vegetação exótica e incontáveis espécies de animais. Também é possível visitar o Parque Nacional de Galápagos e se encantar com um ecossistema único.

Na Costa Rica, os destaques são os mais de cem vulcões – sendo sete ativos – que compõem o cenário deste paraíso caribenho. A dica é visitar o Parque Nacional Vulcão Irazú e observar a grandeza de um vulcão com mais de 3.400 metros de altitude.

Na Ilha de Páscoa, localizada a quase 4.000 km do Chile, há vulcões com crateras enormes, como o lendário Rano Kau, além de cavernas de rara beleza – como a Ana Kai Tangata, repleta de pinturas rupestres.

3 – CUBA, JAMAICA E GUATEMALA

Praia: palmeiras, banhistas e o mar ao fundo
Praia de Varadero, em Cuba (Foto: João Pedro Ferreira/Impacto Ambiental)

Cuba com certeza não se limita ao descrito nos livros e noticiários. A ilha é um verdadeiro paraíso do Caribe, que te espera com diversas praias desertas, cachoeiras e trilhas de tirar o fôlego. Ao desembarcar, visite o arquipélago de Cayo Largo e se encante com a tonalidade azul turquesa de seu mar – suas águas cristalinas tornam Cuba um dos destinos favoritos dos amantes de mergulho. Com 253 áreas de reserva, sete são consideradas Patrimônio Histórico pela UNESCO.

A Jamaica tem praias calmas, perfeitas para realizar passeios de canoa, mergulho e muitas outras opções de ecoturismo. Na ilha de Bob Marley, a dica é visitar a praia Seve Miles e o penhasco Negril.

Já na Guatemala está o berço da civilização Maia. Vale a pena conhecer os sítios arqueológicos com templos, palácios e residências antigas. Aproveite também para visitar regiões vulcânicas e conferir um ecossistema típico da América Central.

4 – ARIZONA VALLEY OF SUN

Imagem aérea de região montanhosa
Grand Canyon (Foto Ritesh3/Flickr)

É a região dos Estados Unidos onde fica o mundialmente conhecido Grand Canyon, com abismos impressionantes e uma paisagem de tirar o fôlego. Visite também o incrível lago “Lake Powell”, dentro da reserva natural Glen Canyon. Para quem é apaixonado por ecoturismo, no Arizona Valley of Sun é possível realizar trilhas, alugar barcos e até mesmo acampar.

Veja mais alguns destinos:

Bosque da Comunidade (Bauru/SP): um museu a céu aberto

Zooparque de Itatuba/SP: paraíso das aves

Jardim Botânico da cidade de São Paulo: um espaço de natureza na capital paulista

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