Entenda como o veganismo e o vegetarianismo podem influenciar o ecossistema
Foto: pedrojperez/Morguefile – A pecuária é responsável por 70% do desmatamento da Amazônia |
A pecuária é a criação de animais para o abate que serão comercializados e servirão para abastecer o mercado consumidor. Essa atividade está ligada com a criação de gado de fins lucrativos, sendo matéria prima para produção de carnes, couro, leite, entre outros.
O Brasil é um dos grandes produtores de carne, o que ocasiona diversos impactos negativos ao meio ambiente já que a pecuária promove: a retirada da cobertura vegetal para obter pastos ocasionando a desertificação; gasto de aproximadamente 15 mil litros de água para produzir 1 quilo de carne; a emissão de gás butano através das fezes do gado que provoca aumento no aquecimento global.
Parece inconcebível um prato que seja diferente do padrão brasileiro: arroz, feijão e mistura. A impressão é que há um lugar vago se é tirado a carne vermelha ou branca. Porém, tudo é uma questão de adaptação para quem é pró animais e/ou meio ambiente.
Maneiras de impactar menos
A dona do restaurante vegano Sabor Saúde em Uberaba – MG, Leila Maria Reis, está inovando os pratos tradicionais da culinária brasileira, utilizando alimentos alternativos como as Plantas Alimenticias Não Convencionais (PANC) como ora-pro-nóbis, moringa oleifera, beldroega, taioba, cará-moela, bertalha-coração, que contém muitos nutrientes.
Um dos pratos mais pedidos no restaurante de Leila é a linguiça de jaca. “É um prato que as pessoas matam a saudade porque a pessoa precisa quebrar paradigmas, limpar a tela mental e agora está tentado mudar o modo de pensar, se alimentar e ainda precisa dessa imagem que remete a carne”.
Crédito: Sabor Saúde / Lanche vegano |
Ainda assim, é muito comum as pessoas terem a ideia de que esse estilo de vida é algo ruim para a saúde. “Eu sempre quis ser vegetariana, desde pequena mas, minha mãe nunca deixou porque ela falava que eu ia ficar doente, que estava em fase de crescimento” como relatou Beatriz Máxima, atualmente vegetariana.
Entretanto, a nutricionista Denise Real explica que há muitas maneiras de substituir a proteína e as outras vitaminas e nutrientes.
A ingestão de grão de bico, feijão, lentilha e quinoa tem vários aminoácidos riquíssimos que são bem similares a carne e cogumelos e gergelim são fontes de cálcio.
Porém, o teor da vitamina B12 no sangue deve ser observada para quem não consume carne nem derivados, já que é a única vitamina só obtida a partir da ingestão animal e ela ajuda no sistema nervoso central, segundo a nutricionista.
Vegetarianos e veganos: As diferenças
Os vegetarianos restringem-se na alimentação apenas e são divididos em ovolactovegetarianos, lactovegetarianos e vegetarianos estritos.
Já os veganos não consumem nada de origem animal – da carne a derivados, além não utilizarem cosméticos, vestimenta ou qualquer produto que seja testado ou contenha ingrediente de origem animal.
A vegetariana Fernanda Fernandes aconselha que a decisão deve ser de forma natural, nada forçado. “Acredito que a informação sobre o que acontece nos bastidores das carnes que chegam à nossa mesa pode ser um grande conselheiro para quem quer seguir esse tipo de alimentação.”
Dessa forma, o estilo de vida vegano/vegetariano ajuda a reduzir a produção em massa de carnes, o desgaste abundante de água potável, além de preservar a saúde e ser mais econômico do ponto de vista de Larissa Akemi, vegana há um ano que acredita ter economizado ao aderir esse estilo de vida.
Editora: Giovanna Romagnoli