UNESP de Ilha Solteira recebe a ONG Engenheiros sem Fronteiras

Projeto usa o conhecimento da engenharia para desenvolver ações sociais

logo da engenheiros sem fronteiras
(Foto: Divulgação/Comunicação ESFNIS)


A organização não governamental Engenheiros sem Fronteiras (ESF), presente em mais de 60 países, comemora, em 2016, seis anos de sua fundação no Brasil. Com sede na cidade de Viçosa/MG e totalmente sem fins lucrativos, incentiva o empoderamento de classes desfavorecidas.

As ações sociais, executadas por projetos voluntários de estudantes de engenharia, visam promover o bem-estar, desenvolvimento social e educação através de construções civis, melhoramento de energia, saneamento, entre outros.

A ESF conta com mais de 35 núcleos filiados por todo o Brasil, responsáveis por criar uma relação com a comunidade local, estabelecendo um diálogo entre as partes para transformar suas realidades. Toda a população é bem-vinda para compor esta ideia, não se restringindo a somente estudantes e graduados em engenharia.

Recentemente, a organização ganhou mais uma parceira para a promoção desta transformação social, o núcleo Ilha Solteira (ESFNIS), que se encontra em processo de fundação oficial. A equipe conta com cinco diretorias: a presidência, a vice-presidência, a diretoria de projetos, a diretoria de comunicação e do administrativo. Todas as diretorias são compostas por estudantes voluntários da UNESP de Ilha Solteira/SP.

Atividade com crianças da Associação Centro de Apoio Familiar de Ilha Solteira  (Foto: Divulgação/Comunicação ESFNIS)

Natalia Ramos, uma das presidentes do ESFNIS, já trabalhava em um grupo de voluntariado quando foi apresentada pelo professor Haroldo Bernardes ao ESF e decidiu fundar um núcleo no município. “O motivo foi a intenção de ajudar a sociedade mesmo. Mas a nossa intenção não é ficar apenas dentro da UNESP, mas levar o grupo para associações de engenheiros como o AREIA [Associação dos Engenheiros de Ilha Solteira e Adjacências] que existe aqui e o CREA [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo] e montarmos uma rede de engenheiros e futuros engenheiros que trabalham por um mundo melhor”, explica a estudante de engenharia.

A ONG pretende se tornar projeto de extensão da universidade, como afirma Natalia, aguardando somente o registro do CNPJ, o que ajudará a organização a se expandir e cumprir suas metas.

Leia também:
Como funciona uma cooperativa de reciclagem?
Pet Metal: o rock a serviço dos animais
Fruto Urbano: arborizando cidades

Além disto, conta com o apoio da Cooperativa COATER, contratada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para trabalhar nos assentamentos da região. Eles oferecem um barracão onde o núcleo trabalha, auxilia na divulgação de eventos e na alimentação.

Natalia diz que as verbas e materiais eram fornecidos pela cooperativa. Entretanto, houve um corte financeiro, devido atual crise econômica do INCRA e não há prazo para que os repasses voltem, prejudicando na execução das ações da organização. Ainda não há parcerias com a prefeitura do município.

Comemoração dos 6 anos da ONG ESF no Brasil (Foto: Divulgação/Comunicação ESFNIS)

O núcleo já possui diversas propostas de projetos para execução neste ano em andamento, como o projeto de composteiras para reciclagem de lixo orgânico nos assentamentos do município de Ilha Solteira. Também, se aposta no projeto do aquecedor de água de garrafa PET para as instituições de caridade, que estão sofrendo com o aumento da conta de energia. Workshops de como plantar hortas orgânicas em apartamentos e mais alguns sobre composteiras domésticas também estão sendo planejados, afirma Natalia Ramos.

Segundo ela, a sustentabilidade não está de fora neste cenário, sendo um dos pilares da organização. “A nossa intenção é sempre levar o máximo de sustentabilidade para todos os projetos, como o caso do aquecedor que reutiliza garrafas pets e caixas de leite, o da composteira que recicla o lixo doméstico – antes queimado – tornando-o de fato adubo, e o da horta orgânica, que também reutiliza garrafas pets”.

Assembleias e reuniões acontecem regularmente para a discussão do rumo das ações do núcleo, contando com a participação dos membros do ESF e parceiros, que levantam novas ideias e viabilizam formas de implantá-las. “No entanto, costumamos ir em reuniões em comunidades mais afastadas para ouvir o que eles têm a dizer, quais são as atuais dificuldades para tentar ajudar sempre da melhor forma possível”, como conta a estudante.

Atividades com crianças da comunidade envolvem conceitos de sustentabilidade (Foto: Divulgação/Comunicação ESFNIS)

Por se tratar de uma organização que se preocupa com o envolvimento da comunidade, busca-se estabelecer diálogo e amizade, conceito conhecido em inglês como  grassroot e que é levado a sério pelo núcleo de Ilha de Solteira. “A participação da comunidade varia muito do local em que estamos trabalhando, mas em todos os projetos já realizados, mesmo quando não tinham muitas pessoas em si, havia muito engajamento de quem estava presente e isso com certeza foi muito bacana e incentivador”, destaca a presidente.

O ESFNIS demonstra engajamento e compromisso com a missão e valores da ONG, participando das ações nacionais propostas pela matriz de Viçosa, visando o aprimoramento do núcleo, divulgação do projeto e a realização de mais ações sociais. Porém, não se limita ao padrão da matriz e se inspira para adaptar-se aos seus princípios, de modo a deixar sua marca por onde atua.

Para saber mais sobre o núcleo de Ilha Solteira, acesse a página do Facebook Engenheiros Sem Fronteiras Ilha Solteira.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *