Energia solar: do céu à tomada

Conheça as principais formas de se produzir energia através do sol


(Foto: Gabryella Ferrari/Impacto Ambiental)

A energia proveniente dos raios solares é uma potencial solução para a saturação de procedimentos tradicionais de geração de energia, como hidrelétricas, termelétricas e usinas nucleares. Estes, causam prejuízos socioambientais e demandam um grande plano econômico para serem construídos e mantidos.

Com enorme potencial, Brasil ainda investe pouco em energia solar

Há diferentes maneiras de captar a luz solar e transformá-la em energia. Algumas já estão consolidadas no mercado, enquanto outras ainda sendo aperfeiçoadas. Confira as principais formas de captação da energia solar:

Aquecimento solar

Este sistema é responsável por aquecer a água de chuveiros e piscinas. É o mais utilizado no Brasil, pois está no mercado há muitos anos.

Para seu funcionamento, é preciso instalar nos telhados, onde há maior exposição ao sol, placas especiais que absorvem a luz e coletam calor. No interior dessas placas existem tubos com serpentinas de cobre que armazenam água. Quando o calor passa por elas, aquece essa água, que vai para um reservatório com isolamento térmico e, de lá, sai para a torneira.

Em dias nublados, quando não há luz suficiente para esse sistema aquecer toda água utilizada na residência, são usados mecanismos secundários que podem ser elétricos ou a gás. Ligados a rede de energia comum da rua, são acionados para substituir a energia solar.

Painel solar fotovoltaico

Transforma energia da luz diretamente em energia elétrica. Também são placas instaladas nos telhados ou lajes, mas são feitas de sílico combinado com boro e fósforo. Tais materiais reagem com os raios solares gerando energia, que é levada até um conversor responsável por transformá-la em eletricidade. Seguindo para o quadro de força, é distribuída, podendo ser usada em todos os cômodos da casa.

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Usina heliotérmica

Usina heliotérmica Crescent Dunes, localizada no deserto de Nevada, nos Estados Unidos. (Foto: Wikimedia Commons)

Esta forma de geração de energia necessita de amplas instalações e, por isso, não é um sistema que se pode ter em casa.

Essas usinas operam à base de grandes espelhos que acompanham o movimento aparente do Sol e são distribuídos de forma com que todos reflitam para apenas um ponto, onde existe um receptor que guarda todo calor desta luz incidida.

Pelo receptor passa um fluido que, posteriormente, aquece a água dentro da usina, gerando vapor. O vapor produz a energia mecânica que movimenta uma turbina, ligando o gerador e transformando-se em energia elétrica.

Fotossíntese artificial

Com intuito de imitar a fotossíntese natural das plantas, algas e algumas bactérias, essa nova tecnologia ainda está em processo de desenvolvimento.

Os estudos caminham para a construção em laboratório do processo de quebra de moléculas de água ativada pela luz solar. Para isso, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) criaram um pigmento artificial semelhante à clorofila, a porfirina. Esse pigmento, quando mergulhado na água e exposto à luz, é capaz de separar hidrogênio e oxigênio, que serão depositados cada um em seu tanque.

O hidrogênio é o grande armazenador de energia da natureza e, por isso, os cientistas estão tentando criar a fotossíntese artificial, pois geraria grande quantidade desse elemento, que pode ser transformado em energia elétrica de forma que não prejudique o meio ambiente.

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